sábado, março 11, 2006

"As forças do mercado que existe hoje fazem com que seja irrealista gastar 200 milhões de dólares em um filme. Estes filmes não conseguem mais recuperar o dinheiro. Veja o que aconteceu com King Kong"

...
"No futuro, quase tudo o que passará nos cinemas serão filmes independentes. Prevejo que em 2025 o custo médio de um filme será de 15 milhões"

- Entrevista de George Lucas ao
The New York Daily News

"
Publico do Oscar foi 10% menor mesmo com cowboys gays"

- Yahoo.com.br

Não Neo, você já está no mundo real! A primeira frase veio da boca do mesmo cara que gastou quase 200 milhões de verdinhas pra fazer o seu último filme e que fez uma das séries cinematográficas mais rentaveis dos ultimos anos. E a última nota mostra que realmente estão dando na cara que aqueles musicais são um verdadeiro pé-no-saco, e que nem o decote da Angelina tem força pra salvar o Oscar.

O que seria isso?! Um mundo pós Mad Max? Pós Admiravel mundo novo? Como assim meu senhor? Será que o vai reinar nos próximos anos não vão ser as cores e a baranguisse oitentistas, e sim a geração que deu mais valor á Nirvana e Kurt do que ao He-man e aos Tundercats? Não vamos ter mais que ouvir regravações e bandas pop rock tocando o som da Turma do balão mágico? Capital Inicial vai pedir aposentadoria finalmente? Não... me acordem, isso é um sonho.

Vamos por partes. Em 2005, dois dos filmes mais bacanas tiveram o custo de menos de 50 milhões de dólares ( Sin City, Senhor das armas ). Uma verdadeira bagatela pro mercado Hollywoodiano. Sem contar o sucesso que foi "Jogos Mortais", assim como sua continuação, que juntos, não custaram nem 8 mi. Ou seja, juntos fizeram mais ( e melhor ) até mesmo do que o nosso detestavel "Olga". Até o mundo da música pop, se formos ver bem, está menos "construido". Se for ver, que até mesmo a volta dos Backstreet boys, que tanto me faria tomar calmantes, se eu tivesse idade pra isso na época, foi pela boca de lobo ( da rua de trás ) abaixo. Avril Lavigne, Good Charllote e outros, são tão porcaria quanto, mas ainda são: Baixo, guitarra, bateria e vocal. Ou seja, ainda podem fazer alguns, tomarem gosto pela boa musica, num futuro nao tao distante, e nessa mesma galaxia. Código da Vinci, por melhor, ou pior que seja, mostrou como que muita gente ( e acreditem, até mesmo no Brasil ) tem ainda, gosto pela leitura, e até mesmo, pela "verdade", porque não?

Será que agora que estão vendo o efeito "Pulp Fiction", "Cães de aluguel", "Drink no inferno", "El Mariach" e porque não, "Bruxa de Blair" do século passado, no mercado? O efeito Napster >> KaZaA > E-mule?

Hoje, podemos ter de tudo 0800, graças á banda larga. E não adianta a Sony chiar, porque ela é uma das que mais vende CD-RW no mundo, ora bolas. Como eu disse, podemos ter de tudo, por isso somos mais exigentes. Não inclua no "somos", os sem mãe que ainda colocam o chevette 79, lá no 'talo', com aquela baranguisse de neon em baixo e fica passando de lado no quebra-molas pra nao arranhar o fundo, tudo isso ao som de "tô ficando atoladinha". Esse é o efeito E-mule. Nós temos facilmente de tudo, entao só corremos REALMENTE atrás, do novo, do interessante. O CD novo do Los Hermanos, nos pegamos, ouvimos, e apagamos, ou deixamos lá, junto com as outros 20GB de mp3 ( ainda bem ), enquanto que o novo do System, Iggy, Chemical, Pearl, Audio, Nine, e outros, nós gravamos e ouvimos o tempo todo, ou porque não, até compramos. O novo do Michael Bay, nos pegamos, vemos, e apagamos pra liberar espaço, ou devolvemos o CD ( made in Oi ) para o nosso vizinho. Enquanto Sin City e outros, nos compramos ( Made in Submarino ).

O mundo underground está ficando menos "under". Isso lá tem seu lado bom, claro. Agora o que vai contar é mais a idéia, do que a grana investida na publicidade ( posso começar a me preocupar com emprego? ) e bonequinhos. Os diretores de arte vao ter que fazer melhor, com menos. Os estudios caseiros, com Linux nas maquinas, e 3Ds Max, After Effects, Sound Forge, Photoshop piratas vao reinar. Owell não pensava nisso.

Pra terminar, gostaria de deixar aqui outros casos de evidência atual, que não posso deixar passar:
O sucesso de "Counter Strike", jogo 0800, e que é o mais jogando nas Lans do mundo.
A capa da SET deste mês ( revista mais famosa de video no Brasil ), pela primeira vez trazendo uma série de TV, e falando de como as séries estão ganhando mais importância do que os filmes, para as grandes produtoras.
O Sucesso de CD's de garagem como o primeiro do nacional Planet Hemp e do primeiro dos Californianos do Offspring.
O número maior de pessoas usando Linux, ao invés de Window$.
Entre outros.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sua tentativa de ser Diogo Mainard é lastimável!