quinta-feira, junho 28, 2007

Hacking

[[ - REGISTRO DE SEGURANÇA - MAGNA SECURITY SERVICES - JAN/2333 - PK077 - ]]

01H37.45: LOGIN ADMIN SERVICES
01H37.57: username required: adminxclcl
01H38.00: password required: *****************
01H37.03: confirm password: *****************
01H37.07: ADMIN CONNECTED

COMMAND LINE: /open H:\PROJ-391C
COMMAND LINE: /copy H:\proj-391.cpc
COMMAND LINE: /open D:\
COMMAND LINE: /run D:\cleanyourmind.exe
COMMAND LINE: /kill G:\security\forcetime\lagger.ini
COMMAND LINE: /kill G:\security\forcetime\lagger.exe
COMMAND LINE: /kill G:\security\forcetime\lagger.cfg
COMMAND LINE: /kill G:\security\forcetime\laggerbckp.exe
COMMAND LINE: /run D:\cleanyourmind.exe
COMMAND LINE: /close H; D; G;
COMMAND LINE: /copy A:\nuked.exe C:\OP\INI\
COMMAND LINE: /restart

- ERROR -
SERVER DOWN.
SYSTEM FAILURE.

quarta-feira, junho 27, 2007

Recrutamento - VIRUS

- Quer dizer que o custo então nao importa?

- Não!

- Não entendi... Como assim? "Não importa!"

- Simples... Eu preciso apenas conhecer o banco de dados. Essas informações geralmente consigo com alguns contatos no próprio servidor.

- Sério? O pessoal lá passa as senhas pra você?

- Não... Não passam as senhas... Mas apenas me indicam o caminho.

- E por que estas pessoas ajudam você e o seu grupo?

- Porque a gente paga muito bem... Tem muita grana rolando nessa história toda.

- Sério? Grana de onde?

- Pessoal do petróleo... Antigas empresas desse ramo que faliram diante da energia nuclear e bio-combustíveis... Só tem milionário.

- Hummmm.. Mas e então? O que mais devo fazer para me aceitarem?

- Você tem que assumir os riscos... Existe um tipo de prova de fogo, sabe?

- Sem problemas... O que devo fazer?

- Quer que eu te passe um email ou te fale aqui agora?

- Pode falar... É seguro...

- Simples... A tarefa não é muito complicada. Basta você zerar o server da Torre de Tráfego Aéreo da cidade...

- Mas isso não pode causar acidentes?

- Sim... provavelmente causará! Mas, como eu disse antes: "o custo às vezes não importa!"

- Entendi. Ok. Estou na jogada.

- Com o tempo você vai ver que está em algo muito maior que uma "jogada".

- Tranquilo cara... Mas, me diga, detrás desse codinome aí qual é seu nome?

- Cara... Essa pergunta é muito perigosa. Chame-me apenas de NoMore, líder do VIRUS.

- Ok, ok. Desculpe.

- Tudo bem... Mas cumrpa sua tarefa e será membro do VIRUS, como eu te falei.

- Até quando devo fazer isso?

- Você ainda tem 23 minutos. Vou ficar de olho nos noticiários. Boa noite.

- x-

segunda-feira, junho 25, 2007

O PROJETO X-DREAM

MagnaCorp, Nostalgic Inc., NeoMagic Software, International Servers Agency (ISA), Tilt Systems, Atom.com e Mainframe Code Group.

As sete empresas envolvidas no Projeto X-Dream.

Objetivo:
Associar sistemas multi-interacionais a bancos de dados de memórias, refazendo e potencializando combinações fractais, permitindo que programas consigam interagir com o Caos de maneira associativa, orquestrando as informações do ambiente com as memórias curtas e longas, possibilitando à Inteligência Artificial se adaptar e auto-programar.

Finalidade: Lançar robôs inteligentes nas Redes para que arquem com atividades de rotina e rastreios, além de fiscalizarem as atividades suspeitas na rede. Estes robôs (programas) farão a maior parte dos serviços de urgência e de risco, além de organizarem e otimizarem o tráfego de informações na Rede III (rede de segurança nível 2, mantenedora de bancos de dados de linhas áreas, portos, hospitais, bolsas de valores e canais de segurança, entre outros serviços do tipo).

Banco de Dados: 50 anos de pesquisa da Nostalgic Inc. em bancos de memórias coletadas de experiências com neuroestabilizadores e avanços na bioeletrônicos.

Plataforma: Sistemas Operacionais interligados às Redes III, IV, V e VI. Código mestre criado pelo Mainframe Code Group.

Chefia do Projeto: ISA - International Servers Agency (Polícia Especialiazda em Crimes na Rede)

Investidor: MagnaCorp.

Funções Operacionais: Criadas pela NeoMagic Software e pela Tilt Systems.

Distribuição do Pacote: ATOM.COM (maior empresa de código-livre do planeta).

Tipos de Bots (robôs) Criados:
- Limpeza: farão a busca e a limpeza dos registros antigos e inoperantes.
- Index: compilarão toda a Rede e farão categorização e registros das atividades dos servidores.
- Sentinelas: trafegarão e observarão os principais pólos de acesso do planeta.
- Progrmadores: auto-programáveis. Serão capazes de lidar com anomalias do sistema e com caos organizacional.
- Carrascos: serão os bots incumbidos da missão de neutralizar ameaças na rede.
- Laggers: bots utilizados em casos de emergência para impedir epidemias virais na rede.

Guardiões: Bots criados especificamente para neutralizar ameças na rede, monitorarem tráfego de informações e rastrearem hackers e crackers pré-cadastrados em suas memórias. São tidos como a "Grande Solução!" para o "problema" dos hackers nas Redes.

Segurança:A atividade de todos os bots será monitorada pela MagnaCorp e pela ISA, que podem acessar delegacias especializadas em todo o mundo real.

X-DREAM: Todos os bots e servidores de segurança interligados. Será então completada a IID, Interface de Imagens Dinâmicas, que possibilitará aos bots a capacidade de auto-programação completa e a capacidade de lidar com o Caos em seus variados níves. Até o presente momento é a maior aproximação que a I.A. obteve do ser humano: a capacidade de improvisar e criar mediante impressões prévias, re-organizadas de acordo com as necessidades e circunstâncias do ambiente.

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GRUPOS QUE PRETENDEM IMPEDIR O PROJETO X-DREAM:
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VIRUS; BIT; RedNet; FreeLink, LastLink e Bugs.

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Novas Instruções para o Projeto X-DREAM:

- Inserir no código fonte dos bots a capacidade de identificar disseminadores da filosofia hacker/cracker e apoiadores de tais grupos.

- Procedimento Operacional dos Bots para estes casos: /id; /track; /ban; /kill;

sábado, junho 23, 2007

VIRUS Ataca!

- Senhor, como temíamos... Eles estão se movimentando. - disse um homem ao abrir a porta de solavanco, nervoso como o arregalar de seus olhos demonstrava.

Do outro lado da mesa, um senhor de terno e gravata, feição despreocupada e bigode esbranquiçado se deliciava com um drinque de uísque. Por sobre a mesa, papéis e mais papéis, alguns cigarros, uma caixa de charutos e dois computadores.

- Então eles andam se movimentando? Qual o destino? - o homem perguntou como se já soubesse a resposta. O desdém do velho perante o nervosismo do homem que acabara de chegar denunciava que este último sabia algo a menos, ou, claro, que o mais velho já havia desistido de se preocupar.

- Servidores 337, 557, e 777. Foram nossos últimos registros confiáveis. Já colocamos uma equipe de neutralização na rede, mas, senhor... não acreditamos que será suficiente. - o homem sentou na primeira cadeira que viu. Sua face apontava pavor.

- Meu jovem sr. Juhner. Por que se preocupa tanto? - o velho disse dando-lhe um drinque recém-preparado.

- Por quê? Senhor... Eles não vieram para brincar. Se não fizermos algo logo, tudo pode estar em xeque! - em um gole só o alto executivo da Nostalgic Inc. bebeu tudo.

- Não acredito nisso. Existem muitos grupos trabalhando nas Redes. Mas, o grupo de NoMore, esse hacker desgraçado, não viria até nós. Provavelmente eles procuram outra coisa e, claro, provavelmente (tomara) este nem seja o grupo VIRUS. - o homem recostou na cadeira e acendeu um charuto. - o VIRUS é grande e perigoso demais para se meter conosco, que apenas programamos para terceiros. Não é possível!

- Desculpe senhor. Não sou pago para me arriscar tanto. Já que não liga, eu não posso fazer nada para ajudá-lo. - Juhner se levantou, pegou a pasta, guardou alguns papéis e saiu apressado.

Auguste Marceau não dera a mínima para as palavras de seu assessor. Continuou fumando lentamente. Até que, subitamente, pareceu ter-lhe passado algo na cabeça e rapidamente saiu da sua cadeira, pegou um catálogo grosso, cheio de números e nomes e passou a lê-lo. Em um instante, ao atingir certa página, leu a seguinte informação: "777:251:30-70 - CONTROLE DOS ELEVADORES".

Assustado com isso, acessou o servidor e pediu acesso ao Setor 777:251:30-70. "SEU LOGIN E SENHA NÃO ESTÂO CORRETOS! TENTE NOVAMENTE!"

"Meu deus! Eles já estão aqui. Juhner!!!" - Marceau pensou. Tentou acessar outro ponto de conexão. Nada! Por sorte, uma das câmeras do sistema de segurança não podia ser bloqueada. Acessou-a. Viu o jovem Juhner no elevador. Ele parecia não saber de nada.

Gritou pelo nome dele, mas a câmera só reproduzia a imagem. Nada poderia ser feito. Até que se lembrou de ligar para seu aparelho celular. Viu Juhner ounvindo o aparelho. Logo o jovem executivo atendeu o telefone, com certa impaciência.

Marceau só teve tempo de dizer algumas palavras. E elas foram: "Saia já desse elevador!" - gritadas com toda sua força. Juhner não sabia o que estava acontecendo. Pensando ser um tipo de ordem que seu patrão lhe dava por ele ter se acovardado, desligou o celular e fez gestos obcenos pela câmera de segurança do elevador.

Foram os últimos gestos de Juhner. De repente houve um balanço forte no elevador, como se algo se soltasse. Outro puxão. O executivo se desesperou. E quando conseguiu forçar a porta para abrí-la um pouco, os cabos se desconectaram da caixa do elevador. Ele caiu 50 andares antes de explodir no hall.

A segurança do prédio se alarmou. Um dos seguranças subiu diretamente até a sala de Marceau e chegou até sua sala com arma em punho.

- Senhor! Algo está acontecendo. Ouvi disparos lá embaixo. Vamos logo, devo levá-lo para o helicóptero.

Marceau não perdeu tempo. Abriu a maleta e guardou alguns papéis. Jogou uísque nas máquinas e nos papéis. Tentou atear fogo, mas nada aconteceu. Enquanto isso o guarda o alarmava e pedia que se apressasse.

Quando Marceau finalmente se aprontou, deu a volta pela mesa e foi em direção ao guarda que já abria a porta para o corredor. Assim que saiu, três disparos ecoaram pelo último andar. O guarda foi arremessado contra a porta e caiu no interior da sala da presidência, já morto.

Marceau se desesperou ao ver o corpo. Voltou para a sala e se apoiou na mesa. Por perto já ouvia os passos de alguém. Eram passos pesados. E também ouvia o recarregar de uma arma. O barulho terminou exatamente quando pela porta passou um homem vestido com uma jaqueta camuflada, botas de soldado, calças de couro negro e um par de óculos escuros. Ele apontou a arma para a cabeça de Marceau e perguntou:

- Você é Auguste Marceau, presidente da Nostalgic Inc., contribuidor do projeto X-DREAM?

O velho, assustado, respondeu:

- Sim... Mas o que você... - antes que suas palavras terminassem, o estrondo de um único disparo percorreu a sala ao passo que a janela ao fundo se estraçalhava com o impacto do tiro. Enquanto os cacos de vidro mergulhavam no vão prédio abaixo, o corpo de Marceau caía por sobre a mesa. Seus olhos estavam congelados, em um rosto apavorado. Uma única bala acertara-lhe a cabeça bem entre os olhos.

sexta-feira, junho 22, 2007

BIT - O Primeiro Encontro

Sâo 23h47. Chuva densa, intensa... extensa...

Pago caro pela infâmia e arrogância de meus antepassados. Tenho um encontro esta noite. Mas não é um encontro amoroso, nem vou encontrar um velho amigo para colocarmos a conversa em dia. Meu encontro de hoje é para se marcar na História. Uma das pessoas mais importantes do Ano 2333. Mas, é coerente eu registrar isso, essa pessoa é tida como criminosa e seus crimes são responsáveis por milhares de mortes, por trilhões de prejuízo. Seu nome verdadeiro é misterioso, mas, seu "nome de guerra" é respeitado em todo o planeta, e temido.

Bit. Eis o nome da pessoa cuja mente e sagacidade assustam os mais reacionários e incendeiam os mais revolucionários. Eis que esta noite, neste momento, carregando apenas um revólver e pouca munição, encontrarei Bit, o homem que me deu a honra de ser seu maior perseguidor.

E o lugar de nosso encontro não seria outro senão uma Câmara de Hiperconexão, frequentada, a essa hora da noite, por, no mínimo, 500 pessoas. Eu arriscaria dizer que muitas aqui sabem quem eu sou e ainda não me assassinaram por temerem demais o peso desta ação.

Bit disse que me encontraria aqui. Já são 22h49. Ele disse que não se atrasa. É preciso como um código binário, ironicamente.


- Com licença... É você quem eu procuro. O grande investigador. - apertou-me a mão, de repente, um homem que veio da multidão.

- E devo dizer que você é Bit. Meu arquiinimigo. - disse-lhe apertando a mão com um pouco mais de força.

- Aperta minha mão para provar sua virilidade ou para disfarçar o suor que escorre por entre seus dedos? - ele me disse calmamente, retirando a mão assim que, desconcertado, eu a soltei. - Está armado?

- Sim. Mas estou sozinho. Carrego comigo apenas a lei e algumas centenas de mandados de prisão, do tipo "vivo ou morto". - sorri sarcasticamente encarando-o.

Calmo. Óculos. Cabelo curto, levemente raspado. Barba crescida. Jaqueta de motoqueiro e camisa vermelha. Jeans sujo e maltrapilho. Sapatos quaisquer. Alguns sessenta e poucos anos.

- Venha - ele me chamou - vamos sentar em algum lugar e pedir uma bebida. Tenho revelações a te fazer, antes que me prenda. - Bit saiu e se misturou à multidão. Confesso que o perdi de vista umas duas vezes antes que o encontrasse em uma mesa, no fundo do estabelecimento.

Se ele quisesse ter fugido já o teria feito. Aliás, nem teria marcado esse encontro comigo. É isso que mais me intriga. É isso que me faz não odiá-lo como deveria. É isso que me faz, de certa forma, respeitá-lo mais que muita gente.

Sentei na cadeira vaga. A mesa estava, como era de se esperar nesses lugares, suja de uma maneira irreversível. Uma garçonete se aproximou e pedimos duas cervejas. Ele também pediu alguns amendoins torrados.

- E então, meu caro? Não vim aqui para ter uma típica conversa de bar. Creio que o que tem para me contar é tão precioso quanto sua liberdade, e, claro, sua vida. - sempre fui direto com todos, e, mesmo à frente de um dos mais perigosos criminosos que o mundo já viu, eu não me deixei amolecer.

- Eu sei muito bem dos riscos que corro. Assim como você deve saber dos que corre. Nossa conversa está sendo enviada para meus servidores. Um programa está gravando tudo e posso mostrar ao mundo que você anda com pessoas perigosas. - ele sorriu levemente. - Aliás, sei que você pode apontar uma arma para mim agora e me levar preso, ou até mesmo me matar. Foi pensando nisso que uns amigos estão cuidando de nosso "bem-estar".

- O que? Como? Quem? - eu confesso que me assustei. Coloquei a mão no coldre.

Bit, notoriamente me viu movendo a mão para baixo da mesa. E antes que eu abrisse a boca de novo, ergueu um pequeno espelho que fazia parte da decoração da mesa:

- Veja!

Naquele instante uma gota de suor escorreu por minha testa. E era exatamente em minha testa que o motivo de meu terror corria. Uma pequena, quase imperceptível, ponta de luz vermelha se movimentava pelo meu rosto. Outra fazia o mesmo em meu peito. Eram miras laser. E as armas que as apontavam em mim deviam ter o poder de fogo suficiente para me partir ao meio.

- Você é perspicaz, Inspetor. Eu respeito isso. E é corajoso também. Mas, entenda que não posso correr tamanho risco. Se algo acontecer aqui fora do planejado, toda sua investigação será questionada pelo vídeo, e a sua vida estará em jogo. - ele disse bebendo um gole de cerveja e limpando a barba, umedecida pelo drinque.

- Deveríamos jogar xadrez, um dia. - disse eu recolocando as mãos na mesa. (Não era hora de beber, pois o fato de segurar o copo mostraria o tremor que me invadira).

- Quando quiser, ele respondeu. Mas vamos aos fatos. Sei que anda investigando, paralelamente, coisas que seus superiores poderiam não aprovar.

- E quais coisas seriam essas, Bit?

- MagnaCorp. Eu sei que investiga a MagnaCorp.

- Sim. Mas isso não é tão grande mistério.

- Correto. Mas eu sei onde quer chegar e, eu lhe digo, não irá muito longe através de seus métodos formais e intimidadores.

- É um risco que EU (falei mais fortemente) escolho correr. Você é um criminoso. Não deveria me dar lições de moral ou dicas profissionais, não acha?

- Não!

Eu o olhei diretamente nos olhos e o brilho de seus olhos parecia dizer alguma coisa por conta própria. E o que estes olhos iriam me dizer mudaria profundamente muitas coisas me minha vida.

- Inspetor... Você é um homem respeitado. Você é meu grande adversário. Muitos sonharam em fazer metade do que você fez. E é por isso que eu o procurei, porque, no fundo, sei que você pensa como eu. Eu apenas estou uns passos à sua frente nesta questão.

- Que questão é essa?

- "Por que a MagnaCorp detêm redes fantasmas?" "Por que a ISA faz silêncio sobre os golpes da Magna e da Interway?" "Por que eu me sinto incomodado com isso?" - ele apoiou o queixo em uma das mãos.